Assim como seus concorrentes com motor V8, o SS marcou época e deu origem a histórias, contadas e recontadas de pai pra filho, que ajudaram a transformá-lo em uma verdadeira lenda.
Além de ser um modelo com aparência mais agressiva do que seus irmãos, o exemplar 1971 das fotos é um raro representante da primeira geração, na cor vermelho Monza. Somente nesse ano – o do lançamento – foi produzida a versão com quatro portas. Em outras palavras, uma peça de coleção.
A máquina pertence a Deolindo Birelli Júnior, mais conhecido no meio antigomobilista como Shibunga, que é, além de tudo, um especialista no clássico Chevrolet. “Ele foi adquirido em 2002, em São Paulo, e já teve vários donos”, conta. Aliás, quando foi encontrado, a aparência era totalmente desoladora para qualquer apaixonado por carros antigos.
ORIGINALMENTE ERA PRATA E ESTAVA EM ESTADO DEPLORÁVEL".
“Originalmente era prata e estava em estado deplorável. A restauração demorou cerca de 8 meses e a pintura ficou a cargo da oficina Ducril, no bairro da Barra Funda. A mecânica foi restaurada pela Auto Mecânica Albuquerque, em Osasco”, revela. “Foi restaurado nos mesmos padrões da época, inclusive com os pneus diagonais 735/14 e o volante e a bilha do câmbio em madeira, item exclusivo desse ano e modelo”, enfatiza o dono.
E quando é preciso o famoso “seis canecos”, de 4,1 litros, ronca forte. Os 140 cv brutos faziam diferença na época e alguns testes feitos por publicações especializadas apontaram velocidade máxima próxima dos 170 km/h. Hoje isso até pode parecer algo banal, mas no início dos anos 70 deixava muita gente comendo poeira.
Passados quase quarenta anos o imponente sedã ainda atrai olhares curiosos e elogios pela rua. Fechando o texto, a dica do proprietário para garantir saúde de sobra para o veterano: “sempre deixo coberto com capa em courino forrado, gasolina de boa qualidade e procuro não lavar muito o carro para não enferrujar”.
No vídeo o leitor terá a oportunidade de admirar um segundo exemplar do SS, ano 1972.
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