Opala Feira de Santana

Aos amantes ou simplesmente pessoas que são da geração Opala. Esse blog vem para você saber tudo sobre esse fenômeno que foi o opala no Brasil, um carro que não só foi sucesso na sua época de lançamento, mas até hoje chama atenção por onde passa. A postagem contará a história não só de um carro, mas de muitos brasileiros que viveram sua vida ao lado de um Opala.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Legitimo FSA

Esse aqui é um Opala do modelo 76, legitimo de Feira de Santana. Esse Opala se encontra na loja de um Grande Amigo, Sergio Car. Não tive tempo de procurar mais informação sobre o carro, mais assim que souber de algo procuro postar o mais rápido possível.



Segue também um pequeno vídeo feito por me mesmo.


Apesar da qualidade do vídeo não ser muito Boa

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A POLÊMICA DA SIGLA "SS" DO OPALA

TAMBÉM TINHA ESSA DÚVIDA


Sigla SS
Um dos maiores mistérios da humanidade é descobrir qual seria o vencedor no duelo entre as meias Vivarina e as facas Ginsu o significado da sigla "SS" da versão esportiva do Opala. Separated Seats, Super Sport, Super Star, vocês já devem ter ouvido estas e outras possibilidades em rodas de entendidos, revistas, jornais e programas de TV. Pois bem, um grupo de proprietários de Opala investigou a questão. Embora não seja possível encerrar o assunto, creio que é o mais próximo da verdade que podemos chegar. Vamos começar com o ponto de vista do paranaense André Gessner: " Super Sport, Separated Seats, Super Star; nunca uma sigla foi tão discutida como a SS foi, e ainda é, aqui no Brasil. Usada pela primeira vez em 1961 no Impala, a sigla significa Super Sport; então qual a polêmica? Em 1971, quando a GMB usou pela primeira vez a sigla, no Opala, usou-se Separated Seats, Bancos Separados em português, pois era o único modelo da linha a vir com assentos individuais; porém em poucos anos, outras versões disponibilizavam dos bancos separados, fazendo com que a especulação Separated Seats chegasse ao fim. Já em 1973, ao apresentar o Cupê SS em uma propaganda de revista, a GMB novamente deixa o brasileiro na incerteza, com um enorme Super Star, ou Super Estrela em Portugues. Não passava de um jogo de palavras para promover o veículo, que simplesmente queria dizer que o novo Opala SS6 era uma Super Estrela!"

MAS QUE BELA CONFUSÃO


Revista explicando sobre a sigla
Por outro lado, um dos maiores estudiosos em Opala do país, Deolindo Birelli Jr - ou simplesmente "Shibunga" - separou este trecho de reportagem da Auto Esporte, na época do lançamento da versão SS (edição de Janeiro de 1971): "dá para ter certeza de que nem o pessoal da GM sabia o que a sigla SS significava." Bem. Vamos eliminar o "Separated Seats" com mais um argumento: o par de bancos dianteiros individuais é descrito em inglês pelo termo "bucket seats" (em contraposição ao banco inteiriço - "bench seat"), nunca "separated seats" - este é o famoso falso cognato. Seria como chamar direção hidráulica de "hydraulic direction" (o certo é power steering). O mais óbvio seria o SS significar Super Sport, seguindo o nome criado pela matriz. Mas a General Motors do Brasil importou o termo sem adotar o seu significado oficialmente no lançamento do Opala esportivo. Com isso, André Gessner fecha a investigação com chave de ouro: "a GM tava mais perdida que sei lá o que....tá mais pra Sem Significado!!"

O LENDÁRIO 250-S 1976


Diante da concorrência do Maverick GT, o Opala SS ganhava novo ímpeto com o motor 250-S, um seis-cilindros mais esportivo, com 153 cv líquidos (171 brutos)
Um motor bem mais esportivo, o 250-S, era lançado ainda em 1976. Tratava-se do conhecido 4,1-litros que surgira dois anos antes como versão opcional para fins esportivos. Utilizava tuchos de válvulas mecânicos em vez de hidráulicos (por apenas um ano), o que permitia mais altas rotações; taxa de compressão de 8,5:1, exigindo gasolina azul (B) de maior octanagem; comando de válvulas de maiores duração e levantamento; e carburador de corpo duplo, DFV ou Solex-Brosol, no lugar do simples.
A potência passava de 140 para 171 cv brutos (de 115 para 153 cv líquidos): o suficiente para acelerar de 0 a 100 km/h em 10 segundos e alcançar máxima de quase 200 km/h. Enquanto isso, o SS trazia novas rodas de aço, de 6 pol de tala, e faróis de neblina. O 250-S equiparia até mesmo a perua esportiva Caravan SS, introduzida em 1978.
O Comodoro havia assumido o topo da linha em 1975, eliminando o Gran Luxo, e em 1978 passava a oferecer interior na cor vinho
Até então o Opala utilizava câmbio de quatro marchas com a última direta, assim como a terceira do antigo três-marchas, o que não representava redução no consumo e no nível de ruído em estrada. Em 1977, porém, era lançado o câmbio com sobremarcha, em que a terceira era direta e a quarta tinha relação 0,86, ou seja, 14% mais longa (Veja matéria abaixo). O efeito, como se espera, era um carro mais silencioso e econômico em velocidades de viagem.
A vantagem, porém, era mais perceptível na versão de seis cilindros, em que a quarta longa podia ser mantida com facilidade em função do torque elevado. No quatro-cilindros, por outro lado, havia situações em que reduzir de quarta para terceira não trazia a resposta necessária, exigindo redução para segunda marcha, desnecessária no câmbio normal. Talvez por isso a solução de sobremarcha não tenha agradado, nem sido oferecida por muito tempo.
A Caravan também ganhava a versão Comodoro, com acabamento requintado e quatro faróis auxiliares
No mesmo ano aparecia uma série especial para Opala e Chevette, com rodas esportivas e vacuômetro no painel, que tencionava levar o motorista a dirigir com economia. Ao completar 500 mil unidades produzidas, em 1978, o Comodoro (que desde o ano anterior podia ter também o motor de quatro cilindros) passava a oferecer interior monocromático vinho em opção ao preto e ao marrom. Essa versão era lançada também para a Caravan, com acabamento luxuoso, console com relógio, faróis de neblina e conta-giros.
A linha 1979 trazia carburador de corpo duplo em dois estágios, tanque de combustível de maior capacidade (65 litros, 10 a mais) e freio de estacionamento com alavanca entre os bancos. Era apresentada também a versão de topo Diplomata, com revestimento interno aveludado, console em vinil, ar-condicionado, rodas de alumínio e acabamento prateado na grade e faróis. Embora constasse até do manual do proprietário, não chegou a ser comercializada nesse ano-modelo. O SS trazia retrovisores esportivos em ambos os lados.
"Leve tudo na esportiva", dizia a bem-bolada publicidade da Caravan SS, decorada com faixas pretas e oferecendo o desempenho do motor 250-S

O CÂMBIO ÔMEGA

Como relação final longa contribui decisivamente para consumir menos, a GM passou a oferecer um câmbio opcional para o Opala, em 1977, em que a relação de quarta (e última) marcha era 0,86. Como ter feito isso foi uma solução de gênio, já que a quarta era de engate direto, sem atuação de engrenagens, e não se pretendia reprojetar o câmbio inteiro.
Bastou encomendar ao fornecedor o câmbio de quatro marchas com a segunda do três-marchas, 1,68:1 no lugar de 2,02, e a terceira 0,86, em vez de 1,39. Como o comando de câmbio ainda era externo, por hastes desde a parte inferior da alavanca, bastou inverter o braço correspondente à terceira e à quarta, junto à caixa (em vez de ficar para cima, ficou para baixo). Com isso, quando se passava a terceira, na realidade estava-se engatando a quarta (1:1) dentro da caixa. E quando a alavanca vinha para trás, para a quarta, era a terceira (0,86) que passava a atuar.
Essa foi a maneira simples da GM oferecer um câmbio "3+E" numa caixa de última marcha direta. Em lugar do quatro-marchas normal, de relações 3,07, 2,02, 1,39 e 1,00, tinha-se um de 3,07, 1,68, 1,00 e 0,86. Esse era o genial câmbio Ômega.